Compartilhar o palco

Estar no palco talvez seja a maior das alegrias de um ator, seja ele profissional ou amador. Talvez para o amador seja ainda maior a alegria, já que ele não espera, em tese, o reconhecimento profissional. Mas, eu digo algo mais: para mim, ator amador, que subo ao placo por um ideal, mais alegre ainda é estar no palco e perceber que não estou sozinho. Estou , e quero estar, sempre acompanhado, compartilhando, mesmo que num monólogo. Monólogo sim, não sozinho...monótono!
O ator vive para ser visto, ser notado, percebido de alguma forma, em sua odisséia muitas vezes sem palavras, só de gestos. Mas, mais do que ser notado em sí, ser visto por todos e percebido por muitos, é ter a impressão de que nunca esteve só, nem por um minuto, quando as cortinas frias o faz sumir.
Assim, ele deixa de existir, de ser percebido, notado e passa a ser necessário.